Por: Gracielle Araújo
Existe uma romantização em ser forte e aguentar, em ser firme e não perder a postura. Mas como fica o fardo que pode ser pesado demais para a gente carregar? E as dores que carregamos?
Já pararam para pensar em quantas pessoas no mundo precisam mostrar sua força e não têm um afago, um carinho, uma palavra de apoio? As mulheres, que são vistas como fortes, carregam dores no peito, incertezas, desânimo e cansaço, como qualquer ser humano.
É difícil para uma pessoa forte e MULHER apresentar essa força quando a única coisa que queremos é sentar e chorar; colocar para fora mesmo que seja através de um choro ou de uma conversa. É difícil quando não queremos ser fortes, mas precisamos mostrar que somos.
É comum quando uma pessoa diz que “está cansada”, “não aguenta mais” e recebe como resposta um “você é forte” ou “sua força me inspira”. E assim a gente vai levando com receio de mostrar a fraqueza e insegurança. Como consequência, a mulher forte passa a resolver tudo sozinha, a ter que mostrar sua força e adquire um medo de decepcionar a sociedade, que tanto prega que a força da mulher é gigantesca.
Não romantizem a palavra forte. Cabe reforçar no cotidiano que a pessoa forte não vai ser fraca por estar chorando, por ter feito uma escolha errada ou por ter aceitado ajuda.
Devemos nos lembrar daquela frase que quase sempre é dita, mas que escutamos e deixamos para lá: “a vida é feita de momentos”. E realmente ela é! Terão fases que não serão boas, e quando isso acontecer, vamos ter que baixar a guarda. Vamos aceitar que não precisamos sempre mostrar essa força, e que, também podemos receber amparo e carinho.